Explicação de como funciona o primeiro contato com o paciente e como é feita a anamnese, ou seja, a conversa inicial entre o paciente e fisioterapeuta.
A primeira consulta o paciente é o momento fundamental para que o processo de tratamento se inicie. Nela é feita a avaliação fisioterapêutica, que inclui a anamnese e o exame físico. A partir deles que são obtidas as primeiras informações essenciais para se traçar metas para um atendimento que corresponda as expectativas do paciente.
“Entrevista ou anamnese é aquela conversa inicial que acontece - ou deveria acontecer - no início de todo atendimento de um profissional de saúde.”
É a partir das informações obtidas na entrevista que o exame físico é definido. Logo, se ela for mal conduzida, as chances do exame físico ser inadequado são bem grandes. Como consequência, temos um diagnóstico equivocado e o tratamento não terá bons resultados.
“Muitas vezes o próprio paciente traz o caminho para a solução do problema que apresenta, afinal, quem conhece mais de um problema do que quem convive diariamente com ele?”
Cabe a nós fisioterapeutas ajudá-lo a trazer as informações importantes e estarmos atentos aos sinais verbais e não verbais que ele nos apresenta. Aqui falo, além das palavras em si, da entonação, mas também de expressões faciais, da forma que ele se posiciona e se movimenta, dentre outros sinais que estão ali para quem quiser ver.
Início da entrevista
Começamos perguntando o que traz o paciente até nós e ele nos conta o problema que quer resolver. Se for uma dor, fala quando ela surgiu, se dura o dia todo, se piora ou melhora em alguma situação, o que ele faz e o que ele deixa de fazer por conta dessa dor. Se for dificuldade de executar algum movimento ele nos detalha qual movimento, em que momento ocorre a queixa e como isso atrapalha seu dia-a-dia.
É fundamental conhecer a história do paciente. Se ele já teve outras situações dolorosas parecidas, acidentes, traumas e se já passou por outros tratamentos. Pode ser importante conhecer seus hábitos, se existem casos parecidos na família e de que forma o problema que ele apresenta impacta sua vida social profissional e familiar.
Não existe um roteiro fixo de tudo que precisamos perguntar. À medida que a conversa vai progredindo, fazemos uma espécie de fluxograma mental: a partir de cada informação nova, decidimos a próxima pergunta até julgarmos obter as informações necessárias para iniciar o exame físico.
Nós da fisioterapia temos o privilégio de encontrar com o paciente mais frequentemente. O que nos permite obter informações adicionais relevantes para o tratamento que possam ter sido omitidas ou esquecidas na consulta inicial. Ou seja, a cada novo encontro com o paciente temos a oportunidade e sabermos mais a mais sobre ele e, assim, podemos ajudá-lo mais. Basta estarmos atentos!
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